A PRIMEIRA VEZ

Naquela véspera de uma sexta 13,

Ele parado diante do espelho, se policiando,

A mente já avoada, indo de encontro ao desconhecido,

Provou alguns uniformes, e acabou decidindo,

sem antes passar pelo próprio crivo, quanto a adequação.

Aquele menino de 20 anos, não combinava com os cabelos brancos no espelho.

Ticou mentalmente todos acessórios necessários,

Perfume, conferiu o hálito, uma última ajeitada no cabelo.

E foi,

Passou a mão na chave do carro,

No caminho aquela sensação no estômago que todos tentam definir,

mas sempre falta algo.

No rádio, toca uma música, imediatamente se alegra, e até pensa ser o universo conspirando,

sem perceber que que poderia estar tocando qualquer coisa,

pois quem estava no comando eram a ansiedade e euforia.

Percebe no caminho, novos prédios, fachadas, pessoas,

Como se alguém tivesse restaurado toda avenida para seu momento.

Antes que percebesse, ele estava no horário, no local combinado,

Cada carro que chegava, ele criava teorias, talvez por ser a primeira vez que a veria,

Confere o celular, ela avisa que está chegando, e neste momento o coração dispara,

E aquele Senhor adolescente, não sabe o que fazer com as mãos depois de muito tempo.

Então um carro estaciona.

Ela desce,

O vê,

Sorri...