Parto! Vou prá um
porto seguro!
Que tenha vaga
para desmedidos!
Vou! Vou agora de ancinho,
sem me perder pelo caminho!
Se já ouviu falar de mim,
também por lá
aprendeu a sonhar!
Em rubras noites divago,
sem você sou peça
sem encaixe, sou vago!
Parto, levo de lembrança
querências suas, brancas, alvas!
Parto, levo meu espírito
já sem esperança,
pra terra de ninguém.
Esperar a tal hora
que levam a gente
pra voltar no nunca mais.
Pois nem sol do repente
alvoroça sua cor por
entre meus
céus de vinténs.