Desde Que...
Você pode ser o que quiser, amar quem quiser, ser da forma que quiser, desde que...
Tenho pensado muito sobre isso
Sobre como a gente se molda a entender continuamente o lado do outro, e nunca o seu, nunca o meu, nunca o próprio, sempre o de alguém, alguém que não te representa
É sempre moldar-te como você imagina que deveria ser
Nunca, como você queria ser
Pense comigo: você pode trabalhar conosco, desde que se molde as normas da empresa
Você pode amar quem você quiser, desde que você não exponha, porque aí, já foge à regra
Você pode vestir, usar, falar como quiser, desde que não desobedeça a norma, a lei, o padrão, aquilo que deveria ser normal
A tua normatividade não me representa
Porque, desde que nasci decidi como queria viver, como queria existir
E não foi um passo de uma só vez, foi um compasso que veio desde lá até aqui
Então pense comigo, o teu “desde que” só diz respeito a você
Então, desde que eu diga, pense, haja, fale, ame como eu quero, nada importa pra você!