Não espere nada além de mim:
mesmo
nada além do parecido.
Lá tem,
tem escadas, sopés e sombras.
Não espere nada além de
meus segredos
pois só tem
tem cristais
e vinhos envelhecidos.
Só sei ir uma vez
voltar já não sei.
A vida acaba,
descobrindo em sua tez,
que as estrelas foram
sumindo,
ao sol argo, mas sem
sombras.
Se vou, vou de vez.
Se fico, me perco
no portal das saias
agruras e vermelhas,
de
cinzas como tonéis.
Em mim morre o tempo
de ir e não voltar,
sabendo que charretes de reis
desfilaram por aqui,
e rainhas de monges
fizeram a festa da
eternidade
no sopé
de meus sonhos.
De mim nada resta,
a não ser um monturo
de cimento
agridoce,
que depositaram
em minha única escada
de subir.