De ausências, a gente
se perde;
de falta somos
falidos vitoriosos.
Uma hora prá cá,
outra pra lá.
Encontros, nada
de encontros.
Só sonhos castanheiros,
visões sem par,
caminhada sem trilha,
entortando de vez
corações,
já não apaziguados.
Quero te esperar,
como o pássaro espera
a manhã;
quero partilhar
dessa dor incrível,
de você estar lá
e eu aqui.
Que mundo sofreiro,
sem desmandos,
e eu sem uso
pratico.
Há saudades
do outro lado
da porta,
que nos separa.
Mas vidro é esse?
Que se parte num sopro !
E ficamos inertos,
esperando, pelo menos, tal
vento,
mas tal vidro e tal vento
são apenas sonhos,
de quebrar o sono
e fazer acordar o sonho !