Vira água,vira peixe,
dorme no meu acalanto
seu sonho de mulher.

Sou sóbrio quando posso,
e não passo,
sou festeiro e amo
ao seu lado
com sabor de tâmaras.

Sou seu, você sabe,
sou parte de seu
recosto, que me abriga da tempestade.


Mas, se corro,
tenho medo dos afogados
nesta idade.

É a vez da hora.


Hora de ficar.


Me abriga em seus braços
e serei sua paz -
não a paz das esquinas -
mas que me une a você.

Que faz de nós dois
um pássaro
que voa tão alto
que o dono do destino -
impróprio e catiço -
quis que jamais
sequer fossemos,
agora,
mas somos nós para sempre!

 

(Poema dedicado à Tícia )

José Kappel
Enviado por José Kappel em 22/11/2022
Reeditado em 22/11/2022
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