Hoje, vou andar à cavalo,
passear na lenta charrete,
vou bordejar a saia da avó,
e me precaver do vizinho.
Hoje é dia dos poucos.
Que me cansa
é que bordeja,
é quem me faina,
são os prédios sem rosto,
o cimento calado
e as pedras de ponta.
Mas, Pelas Ruínas de Badaró!
Se hoje sou dedo
de agulha, devo a
ela tal zona,
devo a ela
este azedo.
De uma hora, por hora,
ela achou outro
reino.
Outro acerbo!
E todo dia de perdão,
ela senta no patamar
do colo do falso rei,
e de lá clama,
um adeus avulso,
contra minha
lágrima partida!
(Poesia dedicada à Ticiana )