Fantasmas da meia-noite,
bruma rumo da alma inquieta,
amedronta meu sonho,
sem tijelas de alpagirras.
Moiçola de tantos anos,
danço no empiezo da vida,
sem ato, sem laço,
sem paz
de concordata,
pois vivo no ralo
sem voltas,
sem idas.
Hoje não quero sermão.
Se o aço corta,
corta meu passo,
e só vejo você em
acidentes de sonhos.
Lá, bem dispersos
onde nem reis
são seus donos
e rainhas vivem pomos
de minha solidão!
Corta o aço
e a corda flamejante
de minha vida!
E, mesmo de longe,
nunca me abraçe!
Pois a corda faz a forca
e o aço
corta meus vagos
sonhos de bramir,
e fica você igual louca
dentro um castelo vazio.
(Poesia dedicada ao meu amor por Taciana )