se me basto,
também
não
me calo.
se falo
é por dizer,
se ouço
é por dever.
lá perto
de casa,
passa
a passarinhada
em ritmo dos
notáveis.
ouço o canto
da janela,
que é esperta,
e toda se abre
para ouvir.
fico à espera
do canto
sem fanto,
sem manto.
e vou de
parco vôo
levar
doses para
os
oprimidos.
desencanta!
que bela!
ela me
faz de
todo de
encanto!
e juro!
não choro mais
por mera
falta
de
acalanto!
meu pranto
é o coldre.
que faz banho de sangue
nas arruelas
de meu sonho.
(Poesia dedicada à Ticiana )