O bêbado no ônibus

No ônibus, um homem tinha entrado

Que tinha visivelmente

Bebido uma aguardente

De tão embriagado

Sua halitose

Era terrível

Ao olfato alheio sensível

E seus pés tinham trombose

No ônibus também

Tinha uma morena

De pele serena

Cuja beleza ia além

E ele a elogiava

Dizendo: Mas que morena linda

Não há ninguém que te supere ainda

Enquanto,ele a cortejava

Ela só o ignorava

Em relação aquele senhor

Que era um terror

Que só vergonha passava

Ele lembrava de quando era adolescente

E tinha um amor

Tão quente quanto do sol o calor

Que ela era também inocente

Que o abandonou

Para com outro ficar

Porque,com ele,ela não quis mais sua bebedeira suportar

E por isso,ele chorou

Ele também dizia que não tinha nada em vida

Mas,só que um dia

Ganhou um dinheiro no jogo da loteria

E até viajou de avião e deu uma curtida

Mas,só que acabou seu dinheiro

E o que lhe ficou

Foi seu vício em álcool que restou

Durante seu tempo de vida passageiro

Ele só queria um amor para amar

Enquanto,a todos ele falava

E de bêbado, ele chorava

Que se fosse para juntar suas lágrimas daria para encher o mar

Mas,só que de repente numa ocasião em especial

Entrou no ônibus,um outro homem e ele começou a lhe perguntar

Seu nome você poderia me falar?

E ele lhe disse: Chamo-me: Marsal!

Ele ficou impressionado e respondeu assim

Marsal?

Esse é seu nome próprio é mesmo real?

Com uma dúvida e questionamento sem fim

Ele respondeu: Com certeza!

Meu nome é: Marsal

A dúvida do bêbado parecia ser existencial

De sua própria natureza

Marsal

Ele ora ficou pensando calado

Ora agitado

Sua hesitação era tão infinita e impossível quanto separar o mar do sal

Marsal

Que mistério infinito!

Que nome esquisito

De onde veio esse nome: Será que é algo universal?

Marsal

Se numa emissora você for

Há de se supor

Que você ganhará o concurso de nomes mais difíceis e diferentes nesse meio global

Ele lhe disse sorridente

Há outros piores nomes de haver

Para te entreter

Diante daquele homem ébrio cheirando à aguardente

Todos do ônibus começaram a rir

Quando,ele a si mesmo perguntou

De um jeito que se assustou

Como eu poderia definir?

Marsal

No diminutivo ou no aumentativo?

Será que ficaria algo apelativo?

Ou será que ficaria algo fatal?

Naquele busão

Mas,mal sabia Marsal e o bêbado

Que tinha alguém magistral em segredo

Que o aumentativo do nome era apenas Marsalzão

E para o diminutivo

Daquele nomezinho

Seria Marsalzinho

Que para ele foi como um corretivo

E um professor teve logo que aquele diálogo interromper

Entre o bêbado e Marsal

Que já estava algo sem igual

E ,finalmente, o embriagado disse: Agora é o meu ponto e eu tenho que descer.

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 12/01/2023
Reeditado em 13/01/2023
Código do texto: T7693430
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