Em minhas mãos

Em minhas mãos calejadas, carrego meu passado,

Seguro as esperanças que ainda sobrevivem,

Abraço o futuro que um dia sonhei ter.

 

Nestas mãos, seguro a linha do tempo,

Não quero ficar só, sentado em um banco

Nesta estação onde o trem segue os trilhos do destino.

 

Minhas mãos levam o peso dos anos passados,

Das amarguras vividas, dos anseios esquecidos.

Levam a decepção do que nunca consegui ser.

 

Em minhas mãos  levo o descompasso da vida,

Os desejos que ainda aquecem meu corpo,

As saudades que ficaram das raras visitas da felicidade.

 

Em minhas mãos vazias, guardo cartas de amor,

Aquelas que nunca escrevi e as que nunca recebi.

Levo os sonhos que se tornaram realidade.

 

Em minhas mãos, levo o resumo da vida.