Deixe-me no meu poetar

Quando meus pés diminuírem seu ritmo...

cansados estarem e mais devagar andarem...

por favor, não me force, não...

a marcha se mostrará vã...

então caminhar pra quê?

deixe-me tudo empacotar...

andar bem devagar...

Deixe-me quieta...

não tente me forçar no caminho

talvez eu prefira segui-lo sozinho.

És jovem... tens a vida toda pela frente...

eu já tenho anos andados...

sou de séculos passados...

é natural que meus pés estejam cansados.

Deixe-me me aquietar aqui no meu submundo

submerso em meus versos...

esse caminho do poetar...

sim, só ele me fará em frente continuar.

Silenciosamente.

Meio dormente.

Só totalmente.

E

só.

Rosangela Calza
Enviado por Rosangela Calza em 20/05/2023
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