Efêmera Existência (I)
Nas asas sutis do relógio inclemente,
Reside o segredo de toda existência.
A infinita trajetória, um mero instante,
Numa dança rápida de fugaz consistência.
O tempo, esse sábio e cruel mestre,
Insiste em nos lembrar
de nossa transitoriedade.
Como areia escorre entre os dedos,
Nossos momentos
fogem com velocidade.
Nos olhos cansados,
traços do passado,
Memórias que se
desvanecem na penumbra.
O ontem se dissolve,
esmaecido e borrado,
O presente é um suspiro
apenas na espuma.
Que fazer diante
desse eterno enigma,
Da breve efemeridade
que permeia o viver?
Abraçar cada instante,
amar sem medida,
Despertar nos encantos
que só o agora pode trazer.
Pois na efemeridade
desse tempo fugidio,
Encontramos a verdadeira
essência da vida.
No abraço apertado,
no sorriso sentido,
Nas histórias vividas,
inesquecíveis e queridas.
Assim, deixemos o tempo
fluir como rio,
E aproveitemos
cada dádiva que ele nos dá.
Não permitamos
que a brevidade da existência,
Nos impeça de amar,
de sorrir, de sonhar.
Que o tempo,
por mais efêmero que seja,
Seja uma bênção que nos faz crescer.
E que, na brevidade da vida,
possamos encontrar,
A plenitude de viver
e o poder de agradecer.