Efêmera Existência (I)

Nas asas sutis do relógio inclemente,

Reside o segredo de toda existência.

A infinita trajetória, um mero instante,

Numa dança rápida de fugaz consistência.

O tempo, esse sábio e cruel mestre,

Insiste em nos lembrar

de nossa transitoriedade.

Como areia escorre entre os dedos,

Nossos momentos

fogem com velocidade.

Nos olhos cansados,

traços do passado,

Memórias que se

desvanecem na penumbra.

O ontem se dissolve,

esmaecido e borrado,

O presente é um suspiro

apenas na espuma.

Que fazer diante

desse eterno enigma,

Da breve efemeridade

que permeia o viver?

Abraçar cada instante,

amar sem medida,

Despertar nos encantos

que só o agora pode trazer.

Pois na efemeridade

desse tempo fugidio,

Encontramos a verdadeira

essência da vida.

No abraço apertado,

no sorriso sentido,

Nas histórias vividas,

inesquecíveis e queridas.

Assim, deixemos o tempo

fluir como rio,

E aproveitemos

cada dádiva que ele nos dá.

Não permitamos

que a brevidade da existência,

Nos impeça de amar,

de sorrir, de sonhar.

Que o tempo,

por mais efêmero que seja,

Seja uma bênção que nos faz crescer.

E que, na brevidade da vida,

possamos encontrar,

A plenitude de viver

e o poder de agradecer.

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 05/07/2023
Reeditado em 05/07/2023
Código do texto: T7830139
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