A indiazinha
Aquela indiazinha
Era tão formosa
Com sua mão mimosa
Que era pequenininha
Ela era filha de um cacique
Uma indiazinha
Nascida sozinha
Do ventre de sua mãe numa casa de pau a pique
Tão cedo
Ela aprendera a caçar
A pescar
O que não era nenhum segredo
Com o arco e flecha seu
Que o pai lhe presenteou
E ela logo de cara amou
Aquilo que lhe pertenceu
Seu semblante
A todos fascinava
Do jeito que ela se pintava
A todo instante
Com o sangue
Que foi posto
Em seu rosto
No mangue
Seus cabelos compridos
Que até seus ombros alcançava
E ela deles cuidava
Porque,pela indiazinha eram queridos
Aquela pele sua
Que se banhava no mar
Onde,ela dispunha a se amar
Toda nua
Ela era respeitada de verdade
Pela tribo indígena inteira
Ninguém,jamais passaria a fronteira
De sua virgindade
Ela estava reservada
Para um índio guerreiro
Mas como o tempo é passageiro
Ela só queria ter em si uma flor cravada
Aquela indiazinha
A mais indígena de todo mundo
Com seu amor profundo
Que nascera tão sozinha
Sem pensar em mais nada
A não ser,em viver
E ter que sobreviver
Em sua terra amada.
Autor: Wilhans Lima Mickosz