A indiazinha

Aquela indiazinha

Era tão formosa

Com sua mão mimosa

Que era pequenininha

Ela era filha de um cacique

Uma indiazinha

Nascida sozinha

Do ventre de sua mãe numa casa de pau a pique

Tão cedo

Ela aprendera a caçar

A pescar

O que não era nenhum segredo

Com o arco e flecha seu

Que o pai lhe presenteou

E ela logo de cara amou

Aquilo que lhe pertenceu

Seu semblante

A todos fascinava

Do jeito que ela se pintava

A todo instante

Com o sangue

Que foi posto

Em seu rosto

No mangue

Seus cabelos compridos

Que até seus ombros alcançava

E ela deles cuidava

Porque,pela indiazinha eram queridos

Aquela pele sua

Que se banhava no mar

Onde,ela dispunha a se amar

Toda nua

Ela era respeitada de verdade

Pela tribo indígena inteira

Ninguém,jamais passaria a fronteira

De sua virgindade

Ela estava reservada

Para um índio guerreiro

Mas como o tempo é passageiro

Ela só queria ter em si uma flor cravada

Aquela indiazinha

A mais indígena de todo mundo

Com seu amor profundo

Que nascera tão sozinha

Sem pensar em mais nada

A não ser,em viver

E ter que sobreviver

Em sua terra amada.

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 02/10/2023
Reeditado em 02/10/2023
Código do texto: T7899333
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.