Entendo de sonhos.

roupas maltrapilhas,

sandálias surradas,

a pobreza

era tão grande

quanto os sonhos...

tal qual

um rio caudaloso,

dia e noite, noite e dia,

eu navegava

em encantamento,

não me cansava

de seguir...

sem me dar conta,

surfei por longos anos,

domei a correnteza,

venci, aportei...

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hoje, frente a frente

ao espelho,

confesso: edifiquei

os meus sonhos!...