Diálogo com João

Para João!

Há momentos de agonia

Havia dúvidas iniciais

E as verdades apareceram

Cobrando, covardes, cruéis,

Mas o que da vida colhemos

Que não nos arrependemos

Mais dia menos dia

(mas sem hipocrisia...)?

Sigamos, João!

Há demandas, bem sabemos

Pois que a saúde feneceu

E sem ela há os lamentos

Mas o que da vida é justo

Que não nos tire o sorriso

-aquele que tanto preciso-

De alegria ou de dor

(pelo medo ou por amor)?

Resistamos, querido irmão!

Tudo por que hoje passamos

Por tudo que sempre tivemos

Haverá de ter, com certeza

O alento de que carecemos

Embora sejamos fortes

Não temamos nossa sorte

Não há dor que não se cure

Nem tristeza que perdure...

Vejamos com bons olhos

Com ou sem esperança

Nossas vidas são etéreas

Nosso corpo é só matéria

E o sofrimento, esse danado

Que encontre outro coitado

Pois que pra nós isso é Nada

O detentor de uma jornada

(Com-passos pra’inda’ndar)!

Vamos, irmão querido!

Vamos juntos, caminhando

Que nessa vida nada passa

Sem percalços - nunca em vão

Ao que crescemos, refletimos

E se reflete, o Homem cresce

E na fé, ah! um dia floresce

Bem sabemos, com certeza

Vamos juntos "virar a mesa"!

(Há momentos em que paramos para repensar a vida... esmaecemos... caímos ... levantamos e, mesmo capengas, sob hipótese alguma desistimos; pois que a Fé – tantas vezes desmerecida – é o que nos mantém firmes... sóbrios e fortes em esperanças...)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 01/02/2024
Código do texto: T7989779
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