Passageira

É preciso renascer

Entre incertezas e pequenos insetos coloridos

Que são bonitos

Mas quase ninguém vê

É preciso estar na presença da vida

Sair do modo automático

Saudar tudo que acontece para um bem maior

Às vezes não conseguimos enxergar

Mas a vida tem sua sabedoria

É necessário abrir bem os olhos, o coração a mente

E tentar entender

Onde os caminhos nos levam

Onde temos que evoluir

Sempre descubro um novo furo em mim

Esse furo deixar passar um pequeno feixe de luz

Que vai iluminando pouco a pouco o poço escuro

Lá vivem os emaranhados

que não sei nem de mim

A pressão dessa água querendo sair

Sai pelos poros, pelo canto de um olho, pelo suor da labuta que é se lapidar

Tento me acolher ao chegar no fundo

Quando perder quase não abala mais

Os calos nos protegem

A dor vai diminuindo

Aprendo a ter paciência

Do tempo não sei muito

E às vezes temo que ele passe depressa

Sem eu me despedir corretamente

Sem eu amar de verdade

Sem eu cumprir minha missão

Respiro profundamente e entrego ao universo algo de mim

Pois entendo minha pequenez

Preciso comer o agora, instante nuvem

Dos meus sonhos faço poemas e canções

Bárbara Rosa
Enviado por Bárbara Rosa em 15/02/2024
Reeditado em 15/02/2024
Código do texto: T7999772
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