Banheira de Sentimentos

Conheço uma dama

Ela não consegue viver sem estar

Desvinculada ao que sente

Na verdade, ela vive em íntimo

Contato com isso

Ela drena o coração e o cérebro

Deixando os sentimentos caírem

Sobre a banheira, enchendo-a

Até a borda com água, solvente

De conteúdo emocional

Ela adentra a banheira, água do banho

A envolve por completo

A porção quente dela de raiva

Queima a pele e a deixa agitada

A porção gelada de tristeza congela seu corpo

Tirando seus movimentos

Impedindo-a de sair para

Saborear o mundo

Água de saudade lhe traz reflexo

De pessoa bem quista

O cheiro de seu perfume favorito

Bolhas contendo fragmentos

De sua voz e calor idêntico ao se toque

Um jeito de viver perigoso

Arriscado de se adotar

Nos dias atuais, mas para ela

Ou ela teria que viver assim

Ou não viver de jeito nenhum

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 02/03/2024
Código do texto: T8011145
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