PROSA MINHA

Jauari, teu presente desmistifica o passado e esconde o futuro,

Por tuas vias, a antiga Serpa conheceu e é conhecida,

És inevitavelmente portão central de ribeiros,

Ribeirinhos que trazem em seus cascos, o seleto alimento

Com escamas de prata banhadas a ouro, lançadas ao vento

E no fim desova em Cheiro sabor da mata Verde

A falta de trato arbitrariamente te levou...

Os lagos que banhavam tua gente,

Os peixes que alimentavam teus filhos,

As vistosas palmeiras que te nomeia,

o I dos mais antigos, assinando te Jauary.

Deixado por gestores em teu seio acolhedor,

Aterros, becos, palafiteiros, o descaso e o mau cheiro,

Por derradeira A esperança ficou, ficou por insistência

Daqueles que te conheceram na essência ou ouviram falar de ti,

No sábado és amado pelos boêmios

frequentadores do famoso bar do Sabá

há os que preferem tardezinha, uma cuia de tacacá

E quando insiste muito em ser boêmio

A saidera fica por conta do amigo Adelson

Que tira ressaca por inteiro de todos que aparecem por lá,

Pelo Gestor maior foi lembrado, e ao perguntado,

Uma promessa se fez cá, se volto ao posto...

Prosa minha ao interior vou levar

Novamente interrogado, não conseguiu explicar,

O porquê estando no cargo não pode executar,

Consigo tinha a resposta, não podia revelar,

“Se faço tudo agora, não tens depois do que se queixar,

Se contentem com estes poucos versos quem sabe um dia prosa minha chega pra cá.