Poema aos números

O que, um poema? O que venho representar?

Eu na minha humanidade, adjetivando e transcendendo pediatricamente-a!

Um suspiro .. uma apoteose, os hormônios de meu corpo me castigam.

Alternativa, tentar burlar a natureza, a igreja, o superego que barra, difícil não?

Isso perto dos números, é mamão com açúcar. Mas açúcar orgânico!

Os números ...

Para alguns, autoconfiança, outros, status, para outros desespero de querer um dia ser livres em seus multiversos e realizar seus sonhos!

Os números compram sonhos! Eles quebram o bloqueio que o sistema impõe ao tentar por me em uma sociedade fria.

Hoje, os números me afligem! Eles me chicoteam! Não tive a triste sorte de saber usá-los. Um copo de Martini, uma passagem para O Rio; meus sonhos me voaram.. me mostraram meu eu interno exteriorizado e puro! Sim ele era puro, ingênuo, queria apenas voar e ter endorfina comprada ! Que aliás ajudou !

Hoje os números me apertam a paz, me cobram dores no pulso e calos de mouse. Hoje os números me definem como pior ou melhor e também como vermelho ou azul! Estou no vermelho e não me interessa o

outrem azul, eu tô no vermelho, meu vermelho correto. Meu vermelho eu.

Eu não me defino em números, nem a ti, nem fulano! Números mascaram a verdade e a sensatez de observar o correto no outro . Números nos fazem felizes em outro momento, num assento comprado para viajar. Ah! Cérebro pipoca de lembrança dos números azuis neste momento.

Não tenho uma solução para eles! Apenas tenho pena da crueldade de algarismos criados para nós que hoje nos condenam e nos tiram a paz! À paz aos números, a paz aos algarismos! Números que daqui uns dias nos engolirão! UM beijo matemático à eles!

Os números que me afligem, àqueles momentos tristes causados por eles, digo: vocês me prepararam .. Sou diamantado, em não cair mais no chão nacarado pelo zero e rebolar em minha sorte. À vocês números! Meu azul turquesa escuro celeste! VERDADEIRO E PAUTADO.

E como humano! Os números nos tornam a encantar de novo! Diz minha elegia!

Fim.