Banco de praça
Caminhar a noite alivia meu espírito inquieto
E estar sentada no banco da praça
Observado
Distrai a minha mente barulhenta.
O ciclista de lindas pernas
De manhã, veste terno,
Mas, à noite, se liberta em duas rodas.
O professor, que de manhã sai
Apresado para o trabalho
À noite, caminha pela praça.
Acho que ele anda bons quilômetros.
O caixa da padaria
Conversa distraidamente ao celular.
O entregador de jornal, ouve futebol
No radinho
Alguns homens jogam dominó e conversam amenidades
E eu, meio inerte, meio ausente
Mas de coração batendo apressado
Com milhões de pensamentos histéricos
Observo em silêncio
A vida em movimento