SEGUNDA-FEIRA
Surgindo zonzo
Frente ao espelho
Quase outro - quase
Si mesmo.
Levando nos ombros
O pesar, e apesar de tudo
Sabendo que o início pós fim
É assim, rude com todo mundo.
Caminha o caminho que traçou
Sobe as escadas que desceu
Vive a vida que inventou
Alvorece oque anoiteceu.
Como quem olha pra trás
Por já não ver adiante
Junta os restos de senda
Que pensou ter renunciado.
E parte para o hoje
Que sempre descortês e crível
Contra o muro cru dos vícios
É tardio, não impossível.