Encarando a tempestade

Vento forte tempestade

Invadindo a cidade

Protejo-me em um bar

Em uma mesa escondida

Uma linda rapariga

Cantava sem parar

Acendeu mais um cigarro

Ofereceu-me um trago

Convidou-me para dançar

O perfume que ela usava

Era mais forte que a cachaça

Que ela acabava de tomar

Eu fiquei desconcertado

Sem tesão meio acanhado

Querendo-me safar

E ela toda carinhosa

Dizendo-se carente

Querendo me beijar

Eu então criei coragem

Falei com sinceridade

Você vai me desculpar

Mas eu não estou afim

Não adianta insistir

Hoje não vai rolar

Ela ficou desconcertada

Disse não está acostumada

Um homem lhe dispensar

E foi logo chorando

E eu fui me retirando

Preferir a tempestade encarar

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 13/12/2017
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