UNIVERSO DE BOLHAS
No escuro do quardo
Vejo o reflexo da tela
A sombra dela
O resto do parto
Parto para longe
Universo de bolhas
Onde se esconde
Os vinhos das rolhas
Onde o início
Termina acolá
E o menor suplício
Vai te encomodar
Onde não se aceita
Nem nunca aceitará
Aquela que rejeita
Sem te concordar
O calango do pescoço
Absolve esse almoço
Que colocaste pra mim
Desse jeito assim
Tá podre, sentiste o cheiro?
Passa tempos acumulando
Isso é o ano inteiro
O povo vai gostando
O gado vai chegando
Levado pro curral
as filas acumulando
Num tremendo Carnaval
ando só
Não comugo esse verbo
Fim de vida, pó
Sobrantes pro teu servo.