UNIVERSO DE BOLHAS

No escuro do quardo

Vejo o reflexo da tela

A sombra dela

O resto do parto

Parto para longe

Universo de bolhas

Onde se esconde

Os vinhos das rolhas

Onde o início

Termina acolá

E o menor suplício

Vai te encomodar

Onde não se aceita

Nem nunca aceitará

Aquela que rejeita

Sem te concordar

O calango do pescoço

Absolve esse almoço

Que colocaste pra mim

Desse jeito assim

Tá podre, sentiste o cheiro?

Passa tempos acumulando

Isso é o ano inteiro

O povo vai gostando

O gado vai chegando

Levado pro curral

as filas acumulando

Num tremendo Carnaval

ando só

Não comugo esse verbo

Fim de vida, pó

Sobrantes pro teu servo.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 20/12/2017
Código do texto: T6203709
Classificação de conteúdo: seguro