Voltamos para pegar os agasalhos?

Risos que viram abraços

Contos de crianças

Olhos que colorem o mar

Prenderam no alto da árvore uma corda de enforcar

Nelas, sasmeninas brincam de acrobacias

Deitam na rede

E fazem-se peixes

Num dia doce como as uvas da sacola

Ganha-se mais um ano de vida

Fiquei em estado de graça com sua indignação

Por conta do injusto preço

Que pagamos nos tomates, que é só jogar na terra que desabrochará

Quem guiará o carro?

Qual mão estava desocupada, para esquecer a mochila com as cangas e agasalhos?

Quem fará a sua casa, ser de todos nós?

O que calou a voz, da única pessoa que sabia como chegar?

Receios desatados para ficar abraçados no sofá

Amor primata

Leia-me outras páginas

Digas o que acha

Entre as gargalhadas que ficaram distantes

Diante do conforto das pálpebras fechadas

Pacificada dormir sonhando com o que não repetiria

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 03/04/2018
Reeditado em 23/05/2018
Código do texto: T6298545
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