Jogo Sujo
O coração ainda bate, porque não controlo seu momento findo. Mas, eu paro de julgar seus sentimentos. Como são difíceis os dias em que se transpõe o entendimento de algo em que ele quer conter, guardar e me surpreender.
Não entendo mais o que é isso. Razões e condições expostas na tonalidade mais baixa de uma escala cinza qual a penumbra entre a tarde já sem sol e a noite sem nenhuma luz.
Insone pensamento de lembranças atravessadas em retratos e diálogos que insistem em querer emergir até o consciente do coração! Eu não quero mais isso. Afundo tudo isso no bárbaro rio que não vejo o fim. Só que parece raso, pois tudo volta.
O jeito é seguir meio que faltando um pedaço. Meio que tratando o coração apenas como um instrumento de pulsação. Ainda que insista em ser um depósito cheio de memórias.
Não é fácil ficar entre a razão e a emoção...
(Vale lembrar Fernando Pessoa... "todo poeta é um fingidor". Nesse contexto, o texto acima reflete várias situações do cotidiano, que poderia ser de qualquer um. A verdade está lá fora. Com suas alegrias e tristezas!)