VERDADE
Enche a cara de álcool que a poesia sai...
Nunca precisei de elogios
Nunca me dei predicados
Nenhum dos que gosto
Serve mais em mim
Encho a cara de provérbios
Mastigo um monte de poetas mortos
E cuspo poesia no meu pé
A ponta do “P” fura a língua
Sempre que penso em poesia
Embolo minha língua na fábula
Reconto cada dia a dia em prosa
Sei ainda de cada verbo
Que me faz pensar em desistir
Crônicas realmente são chatas
Vírgulas me fazem pensar
Mas as reticências são o que realmente me interessam...