ESSES TAIS AFINS DAS CIDADES

Fugiu aos olhos do homem.

Quando se viu ali frente a tais bravos guerreiros.

O sangue de Yraci ferveu entre ossos.

Seu marido ali morto por uma flecha embebida em veneno.

Ainda o garoto tentou avisar.

Cuidem mais das crianças.

Não quiseram escutar á noite chegou sangrenta, sobraram poucos incapazes.

Impossibilitados por tantas máculas que trouxeram outras ofensas.

O vigário ali rezou o seu costumeiro.

As vicentinas causaram pânico aos gritos de suas sacadas.

Jogavam ervas e flores do campo, os corpos não vieram limpos.

Por onde a carroça passara deixava o forte odor da morte.

O rastro vermelho gotejante pelo caminho.

Viúvas queriam vingar-se seus fiéis esposos se jogando em caixões que mais pareciam caixotes.

Fernando fez sua prece diante ao cruzeiro do cemitério da Boa Hora.

E o bêbado somente parou de cantarolar quando tropeçou diante a lápide do coronel que se fora a chagas.

Euzébio me pediu que fosse comprar 3 litros, tinha muita gente querendo chorar, mais a garganta estava seca.

Naqueles tempos, mulher de bem só bebia nestas ocasiões.

Olívia aproveitou a revolta das beatas, guardou seu guarda chuva debaixo do braço, suas axilas cheiravam a peixe.

Aos gritos anunciou que ia se esbaldar.

Genésio fechou a venda e chegou com mais 2 caixas da boa.

Foi alegria geral, até o vigário caiu no trato com o liquido do pecado.

O velório coletivo fora um sucesso diante a vários comentários no outro dia nas ruelas boêmias.

Tereza da Cruz, cravou as unhas no delegado e só soltou depois que este colocara a aliança que tanto ela almejara.

Dr. Diego mais precavido fez que bebeu, e bebeu muita água, deixando suas doses para Olívia que 2 dias depois apareceu em uma macega, ninho de gatos com um homem desconhecido.

Seu marido a expulsou de casa, só então ela declarou que já estava cansada de tudo aquilo, casa, marido, respeito.

Três meses depois, inaugurou á beira do rio Paraná, a grande casa de Festa.

A charmosa Olívia congueria, era dona de um lupanar, homens de grande influência freuquentavam o lugar, onde suas principais funcionárias, as pombinhas ou rosas da noite, como gostavam de serem chamadas, vinham do nosso irmão país Paraguay.

As bugras fizeram sucesso.

E pensar que tudo se iniciou de um velório e que velório.

OBS: UMA PENA QUE EU AINDA NÃO EXISTIA, MAIS MEU INICIO NÃO FORA DIFERENTE E SOU GRATO A DEUS Á ISSO.

16042019...................

Ao som de um acústico sibilar.

Não deveria, mais permitir sua entrada.

Pior foi que se sentisse á vontade.

Confesso, ainda não sabia de todas as artimanhas da danada vida.

Casaco ao ombro direito, cigarro aceso nos dedos.

Trouxe severa expressão no rosto.

De quem não estava para ser enganado.

Foi de imediato.

Amanheceu e não te vi ir.

Fiquei no isolamento, meu recôndito lar.

Depois soubera que fora fugitivo de algum sonhador lunar.

Minha cabeça ainda doía.

Quando ouvi sua voz ao rádio.

Sereno, passivo, confiante.

Quis lhe cravar as unhas, nas partes mais já estava eu, longe de te ver.

Por que as dobradiças daquela velha porta receosa em se abrir.

Já não guardava o mesmo vigor e rigidez de antes.

Sobrou-se o fogo, a chama incerta daqueles olhos.

Não pretendo te ver em frente.

Desejo correr o mais longe a meus próprios pulmões.

Não persigo ideais subversivos.

Jamais criei mundos paralelos para nós.

15042019.......................

paulo fogaça
Enviado por paulo fogaça em 26/04/2019
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