Das Paradas as Propinas

Das paradas as propinas,

Afinal essa sempre foi a nossa sina.

Do verde oliva ao vermelho festivo,

Não nos ofereceram qualquer digestivo,

A não ser o carnaval,

A não ser o futebol,

Analgésicos regular e eficazes.

Cabeças ocas a vibrar,

Cabeças locas a dançar,

A louvar a bendita vida,

Oprimidos, comprimidos,

Nas ruas, nas fantasias,

Orgulhosos da sua desgraça,

Regados a cerveja de milho.

Melhor uma boa cachaça,

Melhor ainda!!

Ter nascido em outro terreiro.

Luís Lisbello
Enviado por Luís Lisbello em 18/08/2019
Código do texto: T6723142
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