Porvir
A solidão em que me vejo
Me traz um lampejo
Um facho de luz
Jamais comparável a uma sina
A um irremediável destino
a carregar uma cruz
A solidão traz estrelas
E consigo vê-las
a cada pousar
No pouso em que me situo
Motivos arguo
A me inspirar
Lampião a apontar
Caminhos
Estradas a trilhar
E nesse impulso
Prossigo sozinho
Aberto o coração
Para o porvir abraçar...