Manifesto
No dia que saíres de casa
e tiver algo na cabeça
que não seja uma presilha ou uma "chiquinha",
há de se lembrar de mim!
No dia que saíres de casa
e tiver algo no coração
que não seja o sangue distribuindo a vida,
perceberás que é algo que a retira...
Talvez, tarde demais, haverá tempo
para se lembrar de mim,
enquanto ele não chega; o fim!
Não para lembrar de mim,
poeta de escritos tolos e sorriso farto...
Nem lembrar
do chato professor de Matemática...
Do pedagogo? Nem pensar!
Do chaveiro? Talvez, na porta do Céu!
Lembrarás de mim:
O policial que deixa
a família para cuidar da tua!
Do policial que não sabe
o que tem do lado de lá!
Do policial que não sabe
o que encontrará no escuro,
nem por trás do muro!
Lembrará de mim;
O policial que lhe faltou
naquele momento...
Lembrará de mim;
O policial que se você, ainda tiver tempo,
mesmo que seja
paralelo ao teu último suspiro,
Sussurrará aos teus ouvidos
dois pedidos de desculpas;
Um, por ter chegado tarde!
Outro, por não ser perfeito...
Professor poeta Talvanis Henrique
Carmopolis, Sergipe, Brasil
04/10/19 - 07:30