Contigo

Aprendi a ser contigo, jamais estar só sem ti,

Vivo-te em cachoeiras infinitas de cristais cintilando ao sol.

Corres em mim profundo denso e ferrenho quando flori

nos ventos audazes da madrugada fria e nevoenta, do arrebol.

Prendes nos meu cabelos descoloridos pelos anos idos, vens

Partes minhas tu arrancas com doçura, grito muda de teu falar

me segurando em teus olhos fitos sinceros, lanço-te no olhar que tens

a esperança que enreda -me os sonhos no doce sono repousar.

Quero-te entender preciso, fugas, bravuras tuas compreender,

Vai-te sereno e me pões a desesperar, por que tu fazes assim?

Amo-te, sei bem, jamais de ti serei irmã longe, tu sabes;

foges do lamento da verdade, do sorriso da lua, do cantar de mim

agarro-te em meus medos, seguro-te para sempre até que tu acabes

e surja a manhã das noites escuras, e jamais te afastes de mim.

Sigo-te por bosques, alamedas sem fim, me entrego triste e voo

neste farfalhar de asas infindas, corres em brisa por pele minha

destroçando as feridas fundas, cicatrizando-as de vez sei bem

jamais tu te apartas, confio em ti que me faz florescer em linda

floresta verdejante de perfumes silvestres, tudo dás se te convém,

mas levas de mim teus sussurros, confidencia-te e tudo finda.

CidadiPaula

CidadiPaula
Enviado por CidadiPaula em 24/11/2019
Código do texto: T6802748
Classificação de conteúdo: seguro