Os dias começam e terminam


No amanhecer uma réstia de luz é suficiente para enxergarmos
Se ainda dormentes, nos reflexos quase sombrios navegamos
Ansiedades e desejos que fluem para vermos além das brumas

Nada somos e tudo somos, pouco sabemos, passam os tempos
Desfrutamos e maldizemos, ambiciosos mal contemos os ventos
Queremos tudo achando que não temos nada, estamos vivendo!

Alguns silenciam e abaixam as suas hastes, cansados e senis...
Preenchem páginas, escrevem suas histórias incógnitos e gentis.
Quem somos nós? Hoje, amanhã? Memórias doces e insanas...


Planejamos e idealizamos quando os dias começam e terminam
Queimando como as chamas das velas ardentes que fulminam
E que por qualquer ventura, num sopro forte dos ventos, apagam.




Texto e imagem: Miriam Carmignan