A Morte do Poeta

Quando morre o poeta
A poesia então secreta
Resta-se, pois, finda

O céu fica cinzento
Noite escura sem lamento
É lua sem: minha linda...

O bosque perde a cor
Estrela sem esplendor
Vida que se fecha em rotina

Clausura de um beco só
Concreto que vira pó
Concerto que em si termina

Som que se perde no vento
Cometa sem firmamento
Luz que branqueia de tão fina

Isso então acontece
Quando enfim padece
O poeta que vira a esquina

OBS: Imagem extraída do site: <https://jornalggn.com.br/noticia/filologo-revisita-dia-triunfal-de-fernando-pessoa/>. Acesso em 14 de janeiro de 2020.
Carlos Sérgio Gurgel
Enviado por Carlos Sérgio Gurgel em 14/01/2020
Reeditado em 14/01/2020
Código do texto: T6841431
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