Ponteiros Nervosos

Os ponteiros não param

Seguem firmes, espantosos

Uma pausa não conhecem

Porque seguem tão nervosos?

Não param, de forma alguma

Seguem com dicção

Na cadência temporal

Não seguem na contramão

A vida reflete o tempo

Que deixa marcas aparentes

Tão queixosas, tão profundas

Às vezes tão veementes

E assim seguem os ponteiros

Dos relógios mais variados

De segundo em segundo

Rumo a eternidade

(Setembro de 2012)

Carlos Sérgio Gurgel
Enviado por Carlos Sérgio Gurgel em 11/02/2020
Código do texto: T6863791
Classificação de conteúdo: seguro