Resguardados de uma noite sem encontros

Bem, sempre que te vejo desacredito no amor

O rubor que me causa nas bochechas e as outras sensações

Faz-me com que eu esqueça essa ideia romantizada de amor.

Quando nossos olhos se encontram sinto me antiquada

Ao trazer essa minha personalidade ferina guardada

Maltratada por baixo dessas vestes de moça comportada.

Sempre que me recordo do sabor fantasioso dos seus beijos

Meus desejos explodem, ardem, sinto minha pele esbrasear

E me considero ridícula ao romantizar a ideia de amar.

Se tivesse a certeza veemente

Que não mentes

Que nunca mentiu

Que sentiu e sentes tudo que por ti sinto

Largaria, não minto...

Largaria esse recinto de tantas farsas

E partiria para o construto de alegria

Do encontro de nossos corpos despidos

Queria muito que um dia essa aspiração

Saísse do plano da ficção

E se concretizasse no chão ou no colchão

Do seu coração de lascivas.

De você sei o que esperar

E jamais iria romantizar,

Te entregaria o lúbrico da minha personalidade guardada.

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 22/02/2020
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