Colisão do Metrô

Mar de Pedras,

Milhões de janelas,

Manhã de quarta-feira.

Ainda escuro,

Trabalhador parte ao ofício,

Com café preto na barriga vazia,

Para ganhar pão de cada dia.

Com olhos cerrados,

No ônibus segue sentado.

Mais tarde, em pé equilibrado,

É jogado de repente no chão,

Ao choque dos trens do metrô.

Ferido sem gravidade,

É atendido pelo Samu,

Mas perde dia de trabalho…

E farinha com tutu para botar na mesa!