É Assim Que Acontece

Os faróis sinalizavam o fim do dia,

O cortejo seguia,

Eu estava triste,

Com o pensamento distante.

Tímida, a lua surgia,

Ainda havia um restinho de sol,

Com isso o cortejo não se importava,

Nos sinais de trânsito havia apatia.

Eles também não se importavam,

Enfim chegou a hora da despedia,

Carregadores faziam força,

Driblavam os túmulos, o caixão seguia.

Os outros túmulos assistiam,

De repente em minha mente,

Uma história, em meio aos túmulos,

Uma mulher, tresloucada, amor fazia.

Sob o olhar da lua,

E um céu azulado,

A um estranho, se entregava,

Nessa hora um novo ser ela gerava.

Então conclui, o fim é simbólico,

A carne apodrece,

Sempre há um recomeço,

É esse o destino, é assim que acontece.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 09/03/2020
Código do texto: T6883998
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