Hoje e sempre amanhã

Não há de que reclamar,

Se hoje em casa estou,

Faço parte da cadeia alimentar,

Que a cultura humana me levou.

Devora minha maldade,

Não tenha piedade,

respira na minha boca,

Transmite essa coisa louca,

Que aperta o meu peito,

E me deixa sem jeito,

Quando quero falar,

Que tudo vai passar...

E quando a paz retorna,

A acomodação a casa torna,

E tudo cai no esquecimento,

Ora, foi tudo coisa de momento,

E que não ficará na memória,

Apenas no livro de história,

Tenho uma vassoura mental,

Que empurra a sujeira para o quintal,

Se possível para o do vizinho,

Porque em bilhões, sou sozinho.