MORADA DO SOL
Na morada do Sol
Há uma rua transversal
Que corta o São José
Laranja, cana e café
Passando ontem por essa rua
Ela estava límpida e eterna,
asfalto com cheiro de terra
Ela te convidava a andar
De mãos dadas
Nela mesma, não na calçada
O cachorro ia preso na frente
Ávido em conversar com um colega adiante
Era domingo, uma tarde de domingo
Eu, minha esposa, meu cão
Andando em qualquer mão
Fomos e voltamos pela mesma rua
E conforme o sol descia
Cores metálicas ao redor surgiam
Azul metálico pintando a noite no espaço
Uma Estrela-Planeta, talvez Vênus
Brilha sempiterna
É a vida que se esmera
Enquanto não há TV nem sala de espera
E a rua linda e sua é quase deserta
Araraquara numa brisa se revela
Leonardo Daniel