Vidas negras sempre importam

Vidas negras sempre importam

Dias sombrios, estamos acorrentados em navios
Em vários tempos, as mesmas histórias
A liberdade para todos é uma coisa ilusória

O ar é para todos, ou até isso vão controlar?
Cercear um ser humano no seu direito de respirar!
Pressionando o pescoço, apertando a jugular

Todos nós temos culpa pelo pouco que fazemos
Permitindo que um povo percorra a história em sofrimento
Uma lenta agonia, uma morte por sufocamento

A maioria é da periferia, morte lenta na favela
Com o direito de enxergar o mundo apenas por uma janela
Mas nem isso lhe é permitido, o sistema lhe alveja

Desigualdade mata, violência mata, intolerância mata, fome mata, racismo mata
Vítimas sem nomes, excluídas da sociedade, apenas números escondidos no mapa

A vida não é igual para todos
Poucos com muito, muitos com pouco
Um mundo, não perfeito, justo, é utopia
Para o pobre, o negro, as "ditas minorias"

Senhores feudais nos querem de joelhos
Pedindo pelo amor de Deus, só quero sobreviver mais um dia

Todas as vidas tem o mesmo valor, não importa a cor
O racismo provoca uma grande dor
A solidariedade até que conforta, mas para mudar essa sociedade torta
É preciso entender que vidas negras importam!

Quem faz da cor uma distinção
Ainda não é digno ser ser-humano
Está abaixo de gente, na evolução

Jonas Luiz
Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 09/06/2020
Código do texto: T6972293
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