As Folhas Que Caem

O vento dança pelo meu rosto enquanto caminho. Um sentimento de paz toma conta do meu coração. O contentamento nutre minha alma com seu sereno toque.

Na solidão, o som das folhas das árvores, a poeira que sobe em redemoinhos e o cheiro de terra molhada ao longe são o néctar que alimenta meu coração. Ah, se eu pudesse ficar aqui por mais tempo...

As folhas caem e voam ao vento, secas, envelhecidas pelo tempo. Nutridas pela árvore e suas raízes, agora nutrirão o fértil solo de sua mãe verdejante e imponente. E o ciclo continua, e a vida continua...

E a mente me chama: tudo é impermanente. E um sentimento de contentamento permeia meu ser.

De que vale as mesquinharias, as vãs discussões, as inimizades, o lamento e a busca incessante e inquieta? Se como as folhas das árvores somos nutridos pelo Árvore da Vida e levados pelos Ventos da Morte.

As folhas nascem, crescem e morrem e cumprem o teu papel em silêncio. Elas não criticam, não discutem. Elas escrevem sua história nas linhas da natureza e, aqueles mais atentos, leem suas mensagens.