- Saudade da Matilde!

Sabem vocês o que é sentir saudade?

Poucos sabem o verdadeiro sentir,

Mas, afirmo com muita sabedoria,

Desculpa-me a minha modéstia, ou ironia.

Sinto saudade da Matilde! Quanto tempo.

Ela era decente e de corpo quente.

Fazia um pernil, que até judeu gostava.

Quando nas tardes de inverno chovia

Gostava de muito falar sobre a sua tia,

Nunca havia mau humor era só doçura,

Sinto saudade da Matilde! Era bom, eu sabia.

Quando a noite chegava lá no seu chalé

Fazia renda e bordados na máquina emprestada,

Com sua habilidade era uma grande artesã.

Gostava de cozinhar, salgava um pouco o lombo.

Que lombo que ela fazia! Todos ficavam admirados,

Era assim a saudosa Matilde! Sinto saudade dela.

Sei que nunca haverá outra igual, é o destino.

Hoje meio cabisbaixo e triste sinto que definho

Se recebi o que está escrito foi peça mandada,

Não mais me importarei, ficarei só na lembrança

Das tardes que com Matilde sorria, boas gargalhadas!

Deixemos tudo isso de lado e pensem no que escrevo

Quem teve uma Matilde na vida não se importará jamais

Com comentários mesquinhos e escritos nas madrugadas.

Não sou velho e nem babão, pois que ainda tenho lucidez.

Sou sim um idoso decente e que gosta de muita gente.

Seu comentário foi insano e fico pensando comigo.

Por que que ainda me importo? De ti não tenho saudade,

Penso que sejas um bicho noturno e que caminha no vil

Trocando o corpo por pão tão ruim que o diabo amassou.

Saudade somente eu sinto da minha querida Matilde!

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 30/09/2020
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