Contemplação à Madrugada

Me sinto perdido

Sozinho neste mundo obscuro

Me sinto como um menino

Com medo do céu noturno.

As ruas barulhentas

O ar pesado que acoberta a cidade

As pessoas moribundas junto as suas algemas

Em fileiras encadeadas em várias partes.

Em noites turbulentas,

Pela janela enferrujada

Bem longe, estrelas espalham-se em beleza

Vê-las me preenche, como rosas perfumadas.

O aroma da morte em repouso sobre meus ombros entristece

O peso não desaparece na neblina

Passo, como um carvalho, a enraizar preces

Refletindo o que fiz de errado em minha vida.

Fiz versos como meu íntimo tanto pede

Pernas padecem pelas ladeiras que desci

Neste caderno confesso meus piores remédios

Doutor, espero melhora, mas, irei embora a sorrir.