Dizem para não comprarmos feijões, mas fuzis
Hoje acordei na manhã chuvosa, crustalina como a ética de Espinosa, com um grito pela eternidade dos povos indígenas, sem ruga de expressao alienígena, mas contra o marco temporal, contra esse dilúvio do mal, contra a elite fascista, servil e americanista, que vendem não só as nossas plantações, para esses acionistas.
Dizendo ao povo que não é importante comprar feijões, mas fuzis, abrindo perigosos canis, de onde não saem cães, mas famélicas sucuris.
Estamos em uma grande armadilha, desarmados, despreparados, jogados de lado a lado, na boca espumejante de uma matilha, que nos empurra famintos de sangue inocente, para a guerrilha. A história se repetindo amargamente, enquanto tragédia, os ninhos feitos com espinhos, pela classe média e uma elite genocida, celebradoras da escravidão, negadoras da vida.
A memória da escravidão ainda nos acorrenta? a não reação popular nos afugenta?
Os mamilos ao vento no temporal fascista, umedece os lábios do imperialismo com sangue ameríndio e negro e a fome ocasionada pelo desemprego.
O aroma celeste da América Latina, não quer apenas justiça divina, quer os frutos sagrados que a luta ensina.
Os horizontes azuis que, o diário de uma motocicleta em nós injeta.
Onde os índios mantenham a sua terra sagrada, e os relâmpagos iluminem o seu cio, umedecido pelo rocio.
Barthes.
28/08/2021
7:00 am