APAGÃO ATÉ DA LUA

Uma faisca no céu

Acompanhado de um apagão

Um corpo se desequilibrando...

E o barulho de um copo

Caindo ao chão.

Ao seu redor sem serem vistos

Um líquido e os cacos de vidro...

Respirações ofegantes ...

Olhares e corpos trêmulos.

Não se conseguia ver

Dois palmos à frente do nariz

A única certeza que tinha

Era o cheiro de vinho ao chão.

Visualizava dois vultos

Se sabia ser um deles

Masculino em virtude da voz,

Uma voz cavernosa que

Transmitia medo...

Não sei se por medo

Nem a lua era vista...

Escondeu-se entre as nuvens

E_S_C_U_R_A_S...

Subitamente avistou-se

Por instantes de segundos

Um pouco da luz da Lua

E reflexo de um metal

Na mão do vulto masculino...

Que ecoava a voz tenebrosa.

O medo se tornou maior

Na realidade tudo causava

Um terror indescritível.

Não sei qual deles o maior

Se a escuridão, a voz fúnebre

Ou o reflexo do metal...

Bruscamente veio uma luz

Do sobrado de cima

E duas gargalhadas

Pois se percebeu claramente

Que no momento do apagão

A menina tropeçou nas pernas

Da cadeira do rapaz de voz

C_A_V_E_R_N_O_S_A

E o brilho do metal que

O mesmo trazia na mão

Era a sua gaita.

Jujulia Guedes

Jujulia
Enviado por Jujulia em 15/03/2022
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