O monte olimpo

Eis aqui o auge de todo o vale

Meu som não alcança mais seus nobres tímpanos

E já nem sequer sei o quanto desse ouro em meu bolso vale

Pois estou diante do topo de todos os reinos

Era essa solidão que eu procurava?

Eu jamais precisei daquela má companhia

Então era esse o vento de glória que me faltava?

O de aceitar que a perda é sim daqueles que me diminuía

Eram tempos escuros

Os ventos uivantes faziam frios

Eram dias sombrios

Pois todo dia haviam inúmeros perigos

Então é esse o ponto que o fio de meu instrumento rompe

Pois a tensão ele jamais suportaria

Essa ferida gélida em meus dedos ainda consome

Pois essa dor nem eu imaginei que aguentaria

Eu descobri a tolice de ter medo da morte

Ou o quão ambicioso era a vida eterna

Então eu rompi aquele fio divino com um corte

E esse foi o apagar de minha chama eterna

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 29/04/2022
Código do texto: T7505872
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