Agora é a minha vez?
Muito trabalho
Vida corrida
Noite não dormida
Já nem consigo me encontrar
Noite vai
Dia vem
Andando, andando
Sem sair do lugar
Claro, escuro
Nublado, ensolarado
Sábado...
Ooooba!
Que nada!
Tenho afazeres para terminar
Filho chora
Marido implora
Não tenho como
Em mais uma me tornar
São tantas eu para tanta gente
São tantas eu para tanta coisa
São tantas eu mas nenhuma pra mim
Ruga aparece
Cabelo embranquece
O tempo passa,
Anda, voa
E num momento súbito
Tudo acabou
Mas como?
Por que agora?
Tão injusta sensação
Não vivi
Minha vida
Esvai pelas minhas mãos.