Agora é a minha vez?

Muito trabalho

Vida corrida

Noite não dormida

Já nem consigo me encontrar

Noite vai

Dia vem

Andando, andando

Sem sair do lugar

Claro, escuro

Nublado, ensolarado

Sábado...

Ooooba!

Que nada!

Tenho afazeres para terminar

Filho chora

Marido implora

Não tenho como

Em mais uma me tornar

São tantas eu para tanta gente

São tantas eu para tanta coisa

São tantas eu mas nenhuma pra mim

Ruga aparece

Cabelo embranquece

O tempo passa,

Anda, voa

E num momento súbito

Tudo acabou

Mas como?

Por que agora?

Tão injusta sensação

Não vivi

Minha vida

Esvai pelas minhas mãos.

Mari Velasco
Enviado por Mari Velasco em 02/08/2022
Reeditado em 02/08/2022
Código do texto: T7573158
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