Trovão Angelical

Arauto de voz forte,

Brado alto,

O que estás a anunciar?

Falange celestial,

Que protege a cada indivíduo,

A que distância dos viventes estás a ficar?

Se deveria haver alguém a me guardar

Por que surpreendido foi meu coração?

Como não pressentistes a cilada

Que contra mim tramavam

Desde a sua preparação?

Anjo da Guarda,

Por que não me guarda?

Por que não estás a me guiar?

Meu peito agruras aparecem

Chuvas em meus olhos

Começam a desaguar

Anjo que não guarda,

Distraído, sua lira deve estar a tocar

Enquanto eu errante,

Exposto aos perigos

Continuo a ficar.

Será que o problema sou eu?

Será que comigo estás a falar?

Eu, pecador que sou,

Não entendo a língua

Que no céu se deve usar.

Apieda-te de mim,

Meu anjo amigo,

Tu és meu abrigo

Com quem posso contar,

Sei que estás sempre comigo

Tentando dos perigo me livrar.

Não adianta, não consigo

A mensagem alcançar.

Façamos um combinado

Sempre que comigo

Comecares a falar,

Sempre que o inimigo

Artimanhas tramar,

Acorde-me como um trovão a soar

Sem susto, culpa ou medo

Entenderei que atenta

Preciso ficar.

Inimigo é como temporal

Não tem hora marcada

Nem se sabe o estrago

Que pode causar.

Mari Velasco
Enviado por Mari Velasco em 25/08/2022
Reeditado em 25/08/2022
Código do texto: T7590249
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