Peleja e vida

E eu que sigo pensando,

Todos os dias contemplando

A sublime arte de viver,

Vejo que a vida bate forte,

Não tem dó do meu sofrer,

E me lança à própria sorte,

Sem que eu saiba o que há de ser,

Sigo buscando sempre o norte,

Sempre em busca do meu querer.

E das pancadas desta vida,

Às vezes tão bela,

E também sofrida,

Deixando no peito muitas,

Cicatrizes e feridas.

Mas impedindo de parar,

Tendo tantas idas e vindas,

Até repouso encontrar.

Pois golpes forte tem a vida,

Quase chego a não aguentar,

E nas manhãs mais doloridas,

Lágrimas em sangue coloridas,

Chegam meu eu então molhar,

Mas as enxugou e sigo em frente,

Pois duro está o presente,

Melhor futuro devo buscar.

E se a vida continua,

A bater sem dó nem piedade,

Calço eu então minhas luvas,

Vestindo-me dê força e vontade,

Coloco-me então em guerra,

Se preciso vou ao céu,

Mesmo estando aqui e terra.

E na batalha não me entrego,

Não me rendo,

E me renego...

Sendo o mais forte possível...

Então bata forte vida,

Pois hoje me torno um guerreiro,

E se de fato não sou invencível,

Sou matuto e faceiro.

Fortaleço-me de fé invisível,

Pois Deus é meu escudeiro.

E se a vida bater forte,

Ou procurar a minha morte,

Aqui p’ra guerra hei de estar.

Vestindo minha armadura,

Nela não há brechas,

Nem fissuras...

Estou pronto a pelejar.